O poder do saneamento: saúde pública fortalecida com água tratada e esgotamento
07/07/2025
(Foto: Reprodução) Investimentos em saneamento básico reduzem doenças de veiculação hídrica e melhoram a qualidade de vida da população. Esgotamento adequado ajuda a prevenir doenças e promover saúde pública.
Diego Lopes
O acesso ao saneamento básico é um pilar essencial para a promoção da saúde pública em todas as suas dimensões, abrangendo desde a prevenção de doenças sistêmicas até o fortalecimento da saúde bucal.
O tratamento adequado de água e esgoto desempenha um papel decisivo na prevenção de doenças infecciosas e parasitárias, além de proporcionar condições favoráveis para práticas de higiene que protegem a boca contra problemas como cáries, infecções e doenças periodontais. A garantia de saneamento básico simboliza um compromisso com o bem-estar coletivo, promovendo simultaneamente a saúde integral e o sorriso da população.
Em Teresina, os avanços nos indicadores de saneamento básico têm refletido diretamente na saúde pública. De acordo com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), a capital registrou uma redução nos casos de doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado. Em 2023, foram contabilizados um total de 29 casos de leptospirose e Doença de Chagas aguda. Já em 2024, houve uma redução de 38,5% de casos de leptospirose e de 50% da doença de Chagas. Além disso, não houve registros de febre tifoide ou cólera, consolidando um progresso significativo.
A Águas de Teresina, subconcessionária responsável pelo serviço na capital, tem contribuído ativamente para esses resultados positivos. Entre suas principais entregas estão a universalização do abastecimento de água, alcançada em 2020, e o aumento expressivo na cobertura de esgotamento sanitário, que triplicou de 19% para 59%, promovendo benefícios tanto para a saúde pública quanto para a preservação ambiental.
Saúde bucal começa com água de qualidade
Embora os avanços sejam notáveis, dados do Instituto Trata Brasil revelam que ainda há desafios: cerca de 35 milhões de brasileiros vivem sem acesso à água potável, e outros 100 milhões sem coleta de esgoto. Essa precariedade agrava problemas de saúde, como diarréias, cólera, dengue e afeta a saúde bucal, causando cáries e doenças periodontais devido à falta de higiene adequada e exposição a contaminantes.
Segundo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a fluoretação, que consiste na adição controlada de flúor à água potável, pode reduzir em até 65% os casos de cáries em comunidades com acesso a água tratada. “Quando o flúor é usado nas quantidades adequadas, é um tratamento eficaz. A fluoretação é uma ótima estratégia com alcance comunitário, enquanto a pasta de dente é uma medida individual de cuidado com a saúde. A boca é uma porta de entrada para muitas doenças e o flúor desempenha um papel importante na prevenção de complicações bucais, promovendo uma saúde mais robusta e acessível,” explica a cirurgiã dentista Caroline Torres.
Na capital do Piauí, a Águas de Teresina utiliza a fluoretação em seus processos de tratamento da água para contribuir diretamente na saúde bucal da população. O Relatório de Qualidade da Água 2024 confirmou que a água fornecida pela empresa atende rigorosamente aos padrões estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Ao longo do ano, mais de 230 mil análises foram realizadas, garantindo um monitoramento constante e confiável.
“Garantir saneamento básico é também assegurar sorrisos mais saudáveis e uma qualidade de vida superior para as pessoas. A água tratada e o esgotamento sanitário são pilares fundamentais para prevenir doenças e promover o bem-estar da população,” pontua Kennya Martins, Coordenadora de Qualidade da Águas de Teresina.
